quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Nada do que eu disse aqui faz sentido, ignore!

Tô meio Effy.
Sei lá, to revoltada, quero sexo, drogas e rock'n roll oakspokapsokas'
Tá, parei com a zuera. Minha vida tá uma merda, mas hoje não quero falar sobre TA. Já é quarta-feira, essa semana foi horrível, mas acho que comentei aqui que saí com um carinha no sábado. Pois bem, chamaremos ele carinhosamente de "Fixo", não irei dar um nome para ele pois nem interessa, mas enfim, eu conhecia ele apenas por sms, nos damos bem e resolvemos nos ver, fui com ele e mais um casal de amigos em um barzinho perto de onde moro, um "caldo do peixe", comi camarão frito, sim, comi e bebi cerveja! É, teve uma hora em que eu quase noiei com isso, mas minha amiga me ajudou comendo e bebendo por mim, e passou. Na volta ficamos umas 2 horas dentro do carro dele se pegando, foi bom, e considerando que eu já estava a meses sem ficar com ninguém, bem, foi bem bom. Mas eu cheguei a comentar aqui que também foi estranho. Não posso negar que o fato de alguém tocar em mim me deixa, sei lá, não sei explicar a sensação, mas hoje eu também nem quero falar no Fixo, quero falar é no "Outro" iwoeiwoie'
O Outro é meu ex namorado, e eu tô muito afim de ficar com ele de novo, só tem um porém, ele namora e tá com planos de casar, quem liga? É por isso que o Fixo tá na minha vida, porque se ele tem a namoradinha dele eu terei o meu.
Enfim, esse fim de semana é feriado e tem festa aqui na minha cidade, eu vou, e tenho certeza que numa dessas vou pegar ele, eu volto a atualizar aqui... kk' 66

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Prometo, prometo e descumpro.


Depois do ultimo post que deixei aqui, nem sei como começar este.
Um risole, uma paçoca, uma caneca de café com leite, uma pratada de arroz com polenta e carne moída parecida com uma montanha, muita água e um banheiro. Eu miei. Miei vergonhosamente.
Eu prometo e descumpro, prometo e descumpro, prometo e prometo e descumpro. Eu não quero mais ser assim, não quero, mas é tão ruim se ver comendo e comendo e não conseguindo parar, é tão ruim se sentir cheia como uma porca, e tão ruim que eu arquitetei tudo pra miar sem que ninguém percebesse. Chorei, tomei um banho e saí.
Estou com fome. Estou com medo de comer.
Não sei mais o que fazer.

Bad!

Odeio acordar já em crise comigo mesma, me sentindo a pior das piores, me sentindo a mais ridícula, querendo á todo custo ficar trancada no meu quarto sem olhar para ninguém.
Odeio vestir esse sorriso amarelo e sair como se eu fosse a pessoa mais feliz do mundo e vestir essa capa de arrogancia que tapeia a minha insegurança.
Bad!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Como a borboleta!

Não á vejo como uma doença, vejo-a, como um crescimento, como algo a qual eu teria que passar. Vejo-a como um amadurecimento. Como a borboleta, que antes de tudo é inocente lagarta, não conhece onde pode chegar, não sabe quão linda pode ser a vista lá do alto, não sabe a sensação de não estar presa, ao mundo, á gravidade, ao chão; mas depois de longo tempo fechada em seu casulo, pensando, meditando, repensando, entendendo, tecendo sua liberdade, sentindo-a tecer-se ao seu redor em forma de asas; sai então para uma nova vida, sai, para o que ela nunca havia experimentado, sai para o futuro, para o novo, para o melhor, para a sua recompensa. Voa.
Eu não posso dizer que me curei, mas afinal, como poderia curar-e de algo a qual não considero doença? Eu posso apenas dizer que cada vez mais me sinto livre, cada vez mais sinto as minhas asas tecidas, sinto-as fortificadas, e sinto que devo tentar usá-las, devo tentar voar, preciso tentar, preciso voar!

Duélo de "eus"

Estou assustada, com um certo medo e tentando enfrentar uma nova escolha, algo que dessa vez eu mesma escolhi, a minha liberdade.
Sim, estou tentando deixar de ser/ter ana, ou anorexia como é mais conhecida.
Eu estou me obrigando a comer e tem sido horrível porque frequentemente perco o controle sobre isso e algumas vezes acabo comendo um camihão e não posso mais miar, não me permito, outras vezes passo horas e mais horas sem comer nada e nem percebo, ou percebo e me engano, falo para mim mesma que já vou comer mas não vou. É um constante duélo de "eus", o "eu" da parte de mim que quer ficar bem, o "eu" da parte que quer ficar magra e no meio disso o "eu" da parte que quer ser feliz, que hora corre para o lado da ana, pois acha que somente magra serei feliz e hora corre para o outro lado, pois acha que somente livre é que serei feliz.
De qualquer forma, uma decisão eu já tomei. É impossível ser feliz sozinha, e é impossível se ana em convívio social então, comecei a aceitar mais convites. Neste sábado fui para um barzinho com um carinha aí que está afim de mim, fiquei com ele, me obriguei a me deixar sentir ser tocada, ainda que toda hora eu tentasse tirar as mãos dele de mim, ainda é estranho para mim que alguém toque num corpo feio como o meu. Mas eu deixei. No domingo eu saí com uma amiga que quer ser fotografa, ela comprou uma máquina semi profissional e fomos á um parque tirar fotos minhas. Confesso que fui morrendo de medo e á fiz prometer que iria tirar mais fotos do parque do que minhas. Odiei todas as minhas fotos e vejo gordura por todos os lados delas mas, as deixei no meu facebook mesmo assim, talvez como um exercício de alto aceitação. E embora as minhas amigas tenham dito que eu estou bem, não me sinto.
Fui dormir triste e acordei disposta a fazer um NF hoje. Mas recebi uma mensagem que me encorajou a comer.
Não está fácil, acredito que não será. Tenho recaídas, medo da comida, medo da balança. Mas também tenho momento de superação como quando mesmo com um medo absurdo de me pesar tenho enfrentado a balança quase todos os dias, e a semana passada tive uma compulsão terrivel e consegui me manter sem miar. Coisas que me encorajam.

domingo, 19 de agosto de 2012

E agora?

Então né, quando eu tinha 18 anos conheci um guri, ele queria porque queria ficar comigo mais eu achava ele feio e meio bobão e só dava fora nele, eu zuava com a cara dele, e ele continuava me dando ideia, querendo me 'conquistar' até que um dia conquistou, por merecimento, fiquei com ele. Dai começamos a ficar, e ficamos por uns 3 meses ou mais (sou péssima com datas). Eu estava feliz e pensávamos em assumir namoro, todos que trabalhavam com a gente sabiam do nosso relacionamento, até que eu descobri que ele já tinha uma outra namorada (que ironicamente se chamava Juliane ¬¬) eu não pensei duas vezes e terminei com ele. Ele me ligou um milhão de vezes no caminho até a minha casa e eu não atendi mas, quando cheguei em casa desabei a chorar e percebi que eu havia me apaixonado, resolvi atendê-lo, conversamos e acabei voltando com ele, ele me enrolou mais alguns meses (é, eu realmente não sou boa com datas) me dizia que iria terminar com ela, que iria ficar só comigo, mas acho que todas nós sabemos que isso é só conversa né? Eu terminei com ele mais uma vez, ele foi atrás do meu melhor amigo e disse que não conseguia ficar sem mim, eu voltei com ele, e então ele mesmo terminou comigo, me disse, não exatamente com essas palavras, que não iria trocar o certo pelo duvidoso. Ele me disse que nunca havia pensado em namorar ou se casar comigo. Eu chorei horrores, atravessei uma avenida sem olhar para os lados e quase morri atropelada por um ônibus, esse dia realmente foi horrível, mas passou, e eu me refiz. A partir disso voltei pra anna, pedi as contar no meu emprego, tranquei a facu que fazia na época e vivi de dormir e beber. Dois anos depois no final do ano passado,  voltei a trabalhar e no começo deste ano a estudar. Eu estava "bem", estava em paz, até que agora, quase três anos depois, ele retorna, me pede PERDÃO, me diz que se arrependeu de tudo o que ele me fez, que ele sabe que foi um idiota comigo, que eu fui uma pessoa maravilhosa que Deus colocou na vida dele e que ele não soube valorizar, que se ele pudesse voltar no tempo faria tudo diferente e que sabe que não merece, mas que gostaria de recomeçar, só que dessa vez fazendo as coisas certas. Ele está separado agora. Eu disse pra ele que eu não confio nele e que o máximo que ele teria de mim seria a minha amizade, ele disse que me entende, mas que ele mudou muito, que hoje ele não é mais aquele muleque, começamos a conversar sobre a separação dele e ele disse que quer conversar pessoalmente comigo. E agora, eu faço oque?

Contagem regressiva.

Não tenho tido muito tempo para entrar aqui ultimamente, e minha via anda uma merda.
Não ando saindo, nem beijando ninguém, nem perdendo nem um kg, enfim. Mas a partir do mês que vem minha rotina sofrerá uma bela reviravolta e eu não estou vendo a hora de isso acontecer!
Eu vou sair do meu trampo, vou trabalhar de madrugada, nada muda na minha facu, mas junto com essa mudança de trabalho quero fazer uma mudança de vida. Quero mudar meu cabelo, pintar as paredes  do meu quarto de uma cor clara, mudar o meu peso e mudar a minha alma.
Eu vou atualizando conforme der, vou começar a dieta da sopa vono quando eu pedir as contas do trabalho, por hora é isso. Tô na contagem regressiva.

domingo, 12 de agosto de 2012

Sweet Sensation!

Ah, a doce sensação de entrar no 36, ou melhor, a doce sensação de ficar bem no 36!
Doce sensação! Doce motivação para seguir meus planos da próxima semana, estou pensando em começar a dieta da sopa vono, o foda é as pessoas do meu trabalho na hora do almoço, mas enfim, estou realmente animada com a minha decisão de tomar o remédio da minha mamis e mais animada ainda por ela estar sabendo dos meus planos e embora ela insista em que eu consulte um médico, ela não está me proibindo, ela me entende, poucas pessoas no mundo me entendem como a minha mãe. Enfim, queria comprar amanhã mesmo mas acho que não terei dinheiro então, vou deixar pra quarta, quando vou receber, ou então vou comprar amanhã no cartão... Não sei, mas estou animadinha, realmente animadinha *---*

Solução?

Sinvastatina. Decidi tomar


Minha mãe toma porque tem colesterol alto, ela perdeu mais de 10kg desde o inicio do tratamento e visivelmente rápido. Não sei em quanto tempo, mas não passou de 6 meses. Ontem eu pesquisei aqui na net e vi em alguns sites que algumas pessoas usam para emagrecer, e descobri também, conversando com a minha mãe, que não precisa de receita médica, ou seja, eu ia ter que pedir pra um conhecido meu pegar fluoxetina pra mim sem receita, e isso poderia me gerar complicações, mas não vou precisar mais de ninguém, é só eu pegar meu dinheirinho e ir lá e comprar este, por conta própria!
Minha mãe disse que não sente mais vontade de comer, disse que não tem vontade de comer doces, se fizer o mesmo efeito em mim eu tô salva porque o que tem me engordado definitivamente são os doces, as compulsões que geralmente começam por eles.
Estou animada =)

Uma bela vaca!


Eu queria ter feito um post decente pra colocar aqui hoje, mas eu não consegui. A verdade é que eu apenas ando comendo como uma vaca, não sei nem como explicar. Eu tenho tido compulsões pelo menos três vezes ao dia, e compulsões mesmo, daquelas de você só parar de comer quando sente seu estomago tão cheio que nada mais entra, e tenho miado sempre que possível, mas todos nós sabemos que mias não são magras e eu não quero ser mia, apenas a ana vai me levar onde quero.
Tudo está um inferno, eu perco meu controle, e eu nem sei porque isso acontece. É apenas essa sensação de vazio, de que algo falta, e essa falta tem que ser preenchida antes que eu parta ao meio. Eu preciso preenchê-la e a comida me faz parecer que isso é possível. Mas quando tudo passa, ela sempre retorna, é sempre ela, a maldita sensação de que algo está errado e que eu morrerei se não consertar.
Me pergunto se isso vai passar o dia em que eu for magra. Estou comendo agora. =(

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Come-come

Hoje eu só comi e comi e comi.
7:00 hrs = 1 fatia de queijo light + 1 pedaço de bolo + café com leite desnatado
9:30 hrs = 1/2 pão de sal com margarina + café com leite integral
12:00 hrs = 1 risole de presunto e queijo + 1 doce de amendoim + arroz com polenta com carne moída ¬¬
E ainda quero comer mais, quero muito um doce, quero chocolate, quero sorvete, quero passa tempo e coca cola.
O que está acontecendo?
Merda.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Um tanto quanto bizarra

Depois de algum tempo como ana, você aprende até a se movimentar mais lentamente para que as pessoas não percebam os “apagões” que eventualmente ocorrem por conta da falta de alimentação. É, eu sei que é irônico.
A última vez que eu comi “normalmente” foi no domingo, depois de um fim de semana de descontrole e compulsões eu iniciei um NF que durou 48 horas, após este período tive uma compulsão, comi muito. Miei tudo no banheiro da faculdade, foi horrível e foi aquilo de sempre, rápido, tudo muito impulsivo. Comi tudo o que vi pela frente num impulso e muito rápido, comi o máximo que pude, bebi muita água e coloquei pra fora tudo sem pensar.
Eu não sei qual culpa me atormenta mais, a de comer, a de vomitar ou a de ficar sem comer. O fato é que estou sem comer desde então, não porque esteja de NF propositalmente, mas porque tenho medo de perder o controle outra vez, eu não consigo comer pouco, sempre me descontrolo e como o dobro, o triplo, e me descontrolo ainda mais e coloco tudo pra fora.
Não quero virar mia outra vez, eu sei a tormenta que isso foi um dia na minha vida e não quero que isso volte, já basta a tormenta causada pela ana, então vou ficando sem comer, para evitar a mia.
Hoje na hora do almoço passei por uma cena um tanto quanto bizarra. Eu comecei a cortar minha comida, a esfarelar e esmagar ela enquanto mentalmente dizia a ela o quanto ela era desprezível, o quanto me fazia mal, me engordava e o quanto me fazia sofrer, eu cortei a mistura, uma omelete de frango, até ficar completamente esfarelada, misturei no arroz com feijão e comecei a amassar dentro da vasilha até ficar irreconhecível e nojento, aí despejei no lixo.
Enfim, espero chegar nos 48 logo, só assim eu poderei procurar a ajuda que preciso para ficar melhor, se bem que as vezes sinto que para me manter nos 48 eu precisarei chegar bem abaixo disso porque sei que vou engordar quando iniciar o tratamento. Não sei o que pensar, só sei que por agora não quero me sentir de novo como me senti ontem.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Enquanto não penso.


Eu andei pensando muito. Pensando em parar, pensando em não parar. Cheguei á conclusão de que essa é uma decisão que eu não devo tomar agora. Eu apenas estou “levando”.
Sabe, eu me pergunto quando foi que eu me tornei o que me tornei. Quer dizer, quando foi que mentir virou algo tão fácil? Quando foi que enganar, fingir e descumprir promessas se tornou algo banal? Algo normal? Quando foi e onde foi que eu me perdi? Eu não sei responder nada disso. Por que tudo começou? Onde começou? Por que eu não posso simplesmente ser “normal”?
Ideias confusas correm minha mente. Algumas vezes eu culpo as pessoas ao meu redor, outras vezes a minha infância, algumas outras a mim mesma. Mas acho que é aí que está a resposta, em mim. Eu comecei tudo isso, sozinha! Quando? Acredito que em outra vida. Eu sou espirita e acredito que isso que carrego comigo não é algo que adquiri nesta vida mais algo do qual tento me livrar desde a outra. Acho que por isso também é que pensei em procurar tratamento espiritual e também por isso que o tratamento já deu certo uma vez.
O fato é que eu estou tão imersa em minha própria confusão que nem eu sei o que penso, e enquanto não penso, adio.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Esse texto não faz sentido! É só um desabafo.


Você já se sentiu preso? Como se por mais que você quisesse seguir outra direção, aquela torta, errada, te puxasse para ela?
Hoje eu pensei seriamente em parar. Parar com tudo isso e apenas me conformar com meu peso “normal”. Porque segundo os médicos eu estou adequada, meu peso bate com minha altura, meu IMC (Índice de Massa Corporal) é 19, ou seja, meu peso é o ideal. Então eu me pergunto: por que eu não posso ser feliz assim? Por que eu tenho que viver buscando algo ao qual eu nunca consigo chegar?
Se eu me conformasse com meu peso e passasse a comer “normalmente”, eu não teria mais compulsões, pois não ficaria longo tempo sem comer nada, eu não passaria mais vontade de nada, não me sentiria mais fraca e, além de tudo, eu não engordaria, porque sei que posso manter o meu peso me policiando apenas nas quantidades do que como ou deixo de comer. Sei que consigo me controlar nesse sentido.
Aí eu pensei em procurar um tratamento. Eu sou espirita, e posso procurar tratamento no centro, eu nem precisaria contar nada na minha casa porque eu teria uma consulta sozinha lá, e o tratamento espiritual é como um “psicólogo”, tem sigilo médico. E o mais importante, eu sei que com o tratamento e com força de vontade, eu consigo sim me livrar de tudo o que me assombra.
Mas ao mesmo tempo, me pergunto o que fazer com essa sensação de culpa. Eu sinceramente não sei o que fazer. Por que eu não consigo me sentir bonita? Já que estou no meu peso ideal?
Eu não entendo.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Prazer e dor.


Sabe? Eu gosto da sensação de fome. Qualquer um acharia loucura, mas eu gosto de sentir o estomago vazio, é como se a sensação de força de me manter sem comida mesmo com meu corpo necessitando me trouxesse a satisfação de estar no controle, a compensação de que, se nada mais der certo, algo já deu, por mais um dia eu consegui me controlar.
É estranho eu sei, mas para mim é algo bom, de certa forma. Acho que é isso o que as pessoas julgam ser doentio, acho que é isso o que incomoda as pessoas, “como pode alguém ficar feliz em sentir fome?” A verdade é que é exatamente isso mesmo. Felicidade. A felicidade de saber que sou eu quem manda em mim, e não uma necessidade fisiológica idiota, a felicidade de saber que a fome de certa forma é o retorno, o retorno que vem junto com a beleza, com a perfeição.
Ao contrário da fome, a sensação de saciedade sempre me traz tristeza, uma tristeza que de qualquer forma eu tenho que “por pra fora”. Comer quase sempre me faz chorar. É algo meio irônico. A sensação de estar comendo é algo prazeroso inicialmente, tão prazeroso que eu simplesmente não consigo parar. Quase sempre começa por um pedacinho, de qualquer coisa que eu estou com muita vontade de comer, continua por mais um pedacinho e em seguida continua por que eu preciso sentir mais, mais desse prazer.
É quase como o prazer que o estômago vazio me dá, com a diferença que vem sem mau estar, sem dor de cabeça, sem tonturas ou enjoo, vem sem “efeitos colaterais” instantâneos. Mas como todo prazer, este também tem o seu “efeito colateral”, só que este vem depois. Eu estou comendo, e comer me traz compensação também, e por não conseguir parar de sentir este prazer eu como e como e como, mas chega um momento em que o descontrole é tão grande que eu fico triste, triste por ter me descontrolado, e eu como mais ainda pensando em tampar esta dor.
Mas as compulsões sempre terminam no “apenas preciso me sentir cheia”, é o último estágio. Depois dos efeitos da vontade, do prazer, da saciedade, vem a necessidade de sentir que não cabe mais nada no meu estomago, e nesse momento eu posso comer qualquer coisa, qualquer uma mesmo, até o que eu não gosto de comer, simplesmente por “encher”. E depois de estar cheia e a dor não passar, tudo o que eu preciso é coloca-la para fora, como se a comida levasse com ela a dor.
Porém, quando tudo termina, a dor persiste. Ela sempre persiste. E é por isso que eu prefiro me manter “limpa”. Porque não existe um meio termo, ou é tudo, ou é nada, e de qualquer forma, não vai passar mesmo, nada disso vai fazer parar a dor então, de que realmente importa? Nada importa. Eu não me importo, e não é como se alguém fosse se importar por mim.

domingo, 29 de julho de 2012

Eu vejo!


Pedaços de dor, para todos os lados, os seus olhos mentem? Será? Não, seus olhos não mentem. Quanta dor mais é possível aguentar? Tudo está errado, a fotografia está errada, os números na balança estão errados, e meus esforços me causam tanta dor que eu já não sei mais se posso suportá-los. Quero me destruir, quero deixar de existir, quero ser leve, quero ser adorável.
E não minta pra mim, não me diga que são coisas da minha mente, eu não sou louca nem estou doente, eu vejo!
Triste, triste, triste... Apenas me deixe chorar.

Uma imensidão de nada.


Talvez eu esteja apenas cansada, talvez eu não seja assim fria ou intocável como as pessoas me veem, talvez eu apenas tenha deixado de me cortar com a importância destinada a falsas considerações.
Não gosto de me imaginar como alguém que esqueceu seu coração. Ainda existem pessoas com quem eu me importo. Acontece que quando você deixa de se importar com você mesma, é um pouco difícil se importar com mais alguém ao seu redor e o mais irônico disso tudo é que, quando você não se importa com as pessoas, elas dizem que você só pensa em você mesmo. Eu? Eu sou a pessoa que menos importa no mundo agora, mas nada importa, não é mesmo?
E é como se eu estivesse em uma imensidão de nada, apenas seguindo a direção da próxima ventania que me colocará na nova imensidão, onde esperarei a ventania seguinte, e os dias se repetem.